Lá vem ela

Lá vem ela nesse rebolado

Olha o jeito das cadeiras

Que ela tem.

Logo cedo

Tanta simpatia

Vai te contagiar também.

Vive dizendo que é fraquinha

Mas olha a saúde

Que ela tem.

Anda descalço

Pela casa

Desfilando nesse vai e vem.

Olha a saúde que ela tem.

Olha o jeito das cadeiras

Que ela tem.

Olha o jeito das cadeiras

Que ela tem.

Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

Alice

Alice parece que vai abrir os olhos;

Enquanto Alice dorme,

Uma nação inteira tem fome

E quer acordar.

Alice não quer levantar;

Enquanto Alice dorme,

Um país inteiro quer caminhar

Sem depender de Alice,

Que não quer caminhar.

Mas Alice só dorme...

Dorme...

Dorme...

Alice!

Já é tarde,

Passou da hora de acordar.

Mas Alice dorme...

Dorme...

Dorme...

Sem pressa de acordar,
Alice não quer levantar.

Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

Até quando?

Passaram-se os dias,
Vieram as semanas,
E quando menos se imaginava,
O mês acabou.

Passaram-se os meses,
Em pouco tempo eram seis;
Quando menos se imaginava,
Completou um ano.

Passaram-se os anos,
Vieram as décadas,
E rapidamente eram dez.

Chegou então o centenário,
Agora já são cinco,
Mas acreditem, ainda falamos em analfabetismo...
Indústria da seca...
Mensalão...

Até quando?
Essa não!
Que me desculpem os bons, se houver...
Mas tem muita gente ruim,
No comando da nação.

Não tem evolução sem mudança,
Eu acredito nos sonhos das crianças,
Só assim acabaremos,
De uma vez por todas,
Com essa farra de corrupção.

Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras