domingo, 30 de novembro de 2014

Aquele velho vinho

Ontem eu bebi
daquele velho vinho
pela primeira vez.

Ainda tenho o gosto
adocicado dele em minha boca,
que bem que ele me fez.

Aquele velho vinho,
bem que você me disse:
Não tem ninguém no mundo
que dele prove,
que não queira provar outra vez.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 16 de novembro de 2014

Separação

Por falta de aviso não foi!
Eu te falei que saudade machuca,
que o coração não desiste nunca,
e que enquanto tiver
um fiozinho de esperança
lá no fundo do poço,
por mais fino que seja,
só por isso ele ainda pulsa.

O amor tem dessas coisas
que invade a alma,
que mete medo,
mas que também acalma.

Eu te falei que saudade machuca,
e dói, dói muito.
Mas o coração ainda pulsa,
não adianta agora procurar
saber de quem é a culpa,
se já não dividimos mais o mesmo teto,
e o nosso caso acabou sem maiores perguntas.



Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

sábado, 1 de novembro de 2014

Azul

O mundo que se abre agora
em minha frente é azul!
Azul da cor do mar,
azul como a felicidade,
azul da cor do céu.
Azul! Como em nossos melhores sonhos azuis.
Azul da cor de teus olhos,
[que não são azuis,
mas que quando eles me fitam,
reluzem em todas as cores.
E este mundo tão seu,
que agora você me abre as portas é azul!
Mas não qualquer azul,
azul no mesmo tom de azul
que o poeta enxerga poesia.



Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras