sábado, 7 de março de 2015

Despedida

Não sei se você pensa,
o mesmo que estou
pensado agora.

Essa chuva que lava
a minha janela,
traz-me lembranças
de outrora.

Nossos corpos enroscados nos lençóis;
Porta entreaberta,
quarto a meia luz,
o seu lingerie jogado no estofado,
minha camisa esquecida,
sobre um piso cinza listrado
com riscos cor de giz.

Fomos cúmplices
dos mesmos erros,
adeus, até nunca mais.
Vou sair por essa porta agora,
e esquecer que um
dia fomos amantes.

Feche a porta quando sair,
e jogue a chave por debaixo da porta,
não volte, e eu não te procuro mais.   


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

terça-feira, 3 de março de 2015

Lembranças

Diferente de você
eu mudei,
e consegui te esquecer.

Fiz as loucuras que pude;
Eu caí, e quantas vezes caí,
mas levantei.

Não posso dizer que foi fácil,
passar por o que passei,
mas passei,
e mudei.

Mudei pra bem longe de Ti,
sem pensar numa volta;
E sofri, e doeu;
Mas venci o meu medo
de viver sem você.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

segunda-feira, 2 de março de 2015

Quase à luz do dia

Hoje, quase à luz do dia
você veio me chamar,
no meu edredom
estava um tempo bom
e você veio me acordar.

Meio sonolento,
fui ganhando tempo,
esperei você chegar.

A porta do quarto se abria
trazendo alegria,
ao te ver entrar.

Do lado da cama,
meu criado mudo
presenciava tudo,
e via você me abraçar.

A minha cama
estava tão quente,
o nosso amor é diferente,
o meu corpo tremeu todo,
ao te ver chegar.

Te espero,
amanhã de manhã,
você vir me abraçar.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras